Junta de Freguesia de Porto Covo Junta de Freguesia de Porto Covo

História

A história da povoação de Porto Covo tem origem no entreposto de carvão destinado ao mercado de Lisboa, pois o embarque desta matéria-prima era feito na pequena baía de Porto Covo, através de veleiros de pequena cabotagem. Anexo e alternativa secundária ao Porto de Sines, Porto Covo desempenhou um papel de “porto” comercial entre os séculos XVII e as primeiras décadas do século XX.

 

A decisão de um rico burguês da praça de Lisboa, Jacinto Fernandes Bandeira, de aqui criar uma vila portuária, assente num projeto urbanístico iluminista de modesta e simplificada concretização, está também na génese da aldeia. A herdade do Porto Covo, que incluía a “baía” também assim chamada, foi adquirida em 1792 pelo burguês nobilitado Jacinto Fernandes Bandeira, e constituiu a base territorial do seu projeto económico, urbanístico e senhorial. A herdade deu nome ao baronato (depois sucessivamente, viscondado e condado) de Porto Covo da Bandeira que alinhou entre a principal nobreza do Reino e simultaneamente, a uma pequena povoação que,  ficando muito aquém do que inicialmente fora pensado, acabou, mesmo assim , por rapidamente se tornar o segundo núcleo populacional do concelho de Sines.

 

No entanto, a história de Porto Covo só indireta e paralelamente se relacionou com os barões/conde. Vemo-los, é certo, no início, finalizando uma versão minimal do projeto urbanístico e depois adquirindo propriedades nas proximidades, procurando, certamente, aumentar a área do “condado”, devido ao carácter simbólico que o lugar assumia para eles . Porém , talvez com a exceção do 1º barão, eles nunca exerceram , que se saiba, qualquer jurisdição sobre Porto Covo. A sua relação com a localidade era a de simples proprietários, recebendo dos que nela moravam e trabalhavam a terra, aqui a renda, ali o foro. Em Sines, como que consciente da sua génese senhorial e até do seu “carácter privado” , a elite económica e política pouca atenção dispensava , geralmente , a este núcleo populacional.

 

Remanescente do projeto económico, colonizador e urbanístico, chegou aos nossos dias a sua singular praça, à qual, remetendo para a matriz pombalina, foi dada o nome de Largo Marquês de Pombal.

É um espaço emblemático da povoação, com cariz comercial e recreativo, que juntamente com os valores naturais da terra, constituem as maiores atrações de Porto Covo e de todo o litoral alentejano.

 

Ao longo do tempo, a população de Porto Covo viveu dos recursos que o mar e a terra ofereciam. No Inverno, os homens trabalhavam a terra, cultivando trigo, cevada, batata, batata-doce, feijão e abóbora. No verão dedicavam-se à pesca. Hoje, estas atividades deixaram de ter o impacto que tinham antigamente, passando a ser o turismo a atividade preponderante.


Festas e Tradições

Festas em honra de Nossa Senhora da Soledade

Estas festas são uma tradição com mais de meio século de história e realizam-se anualmente, entre 27 e 30 de Agosto, com destaque para as Procissões das Velas em Honra da Nossa Senhora da Soledade, Banho 29, Apanha do Pato e espetáculos de música tradicional portuguesa e Feira de Agosto 


Mastro de S.João

Tradição que remonta à década de 60,durante a Guerra do Ultramar, período em que as mulheres prometiam realizar um mastro caso os seus homens regressassem sãos e salvos. As mulheres amassam com as próprias mãos a massa para os biscoitos e pedem flores de porta em porta para cumprir a promessa. 

Atualmente a Junta de Freguesia recria a tradição no Largo Marquês de Pombal nos dias 23 e 24 de Junho.


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